19 de novembro de 2012

2012/2013 - Taça de Portugal: Académica 1 - Penalva do Castelo 0




nº espectadores: 1218
nota ao árbitro: João Ferreira: 3
melhor do Penalva: Egipto
melhor da Briosa: Marinho
notas e melhores by Francisco Andrade, in Rádio Regional do Centro

A Académica venceu este domingo o Penalva do Castelo por 1-0, após prolongamento, em jogo que contou para a 4ª Eliminatória da Taça de Portugal. Edinho, de grande penalidade, resolveu uma partida difícil mas justa, onde os "estudantes" foram a única equipa a procurar o golo.

Aliás, a Académica por várias vezes dispôs de oportunidades para marcar mas hoje foi o dia sim para o guardião do Penalva do Castelo, que rubricou uma excelente exibição.

A história do jogo conta-se pelo elevado número de ataques que a Briosa teve ao longo dos 120 minutos mas sem a eficácia desejada. O golo, esse, surgiu na segunda parte do prolongamento, com Edinho, de grande penalidade, a desbloquear uma partida de difícil resolução.

O sorteio dos oitavos de final da Taça está agendado para esta terça-feira.

Força Rapazes!
in academica-oaf.pt

Crónica

Sofrível. É o mínimo que se pode dizer da vitória da Académica na IV eliminatória da Taça de Portugal, que só foi alcançada ao fim de 120 minutos.

O Penalva do Castelo, equipa que ocupa o 5º lugar da Série C da III divisão aguentou as investidas da Académica durante 107 minutos. E só na marcação de uma grande penalidade é que Edinho conseguiu derrubar a resistência de Bruno Ferrary, o guarda-redes e principal muralha do Penalva do Castelo.

A Académica como detentora do troféu encarava este jogo com uma responsabilidade acrescida. Na antevisão à partida Pedro Emanuel pedira aos seus jogadores «seriedade, profissionalismo e competência».

Acredita-se, contudo, que no íntimo do treinador academista estaria o desejo de resolver rapidamente a contenda, para poder começar a gerir a equipa para o importantíssimo jogo frente ao Viktoria Plzen, a meio da semana. Foi precisamente o contrário que aconteceu.

A equipa entrou demasiado adormecida. Foi dominando a posse de bola, é certo, mas nunca imprimiu a velocidade suficiente para incomodar muito a defesa contrária.

A equipa que viajou de Penalva do Castelo, como seria de esperar, deu a iniciativa de jogo aos estudantes e apenas tentou incomodar Peiser com recurso a pontapés de meia distância.

Era de prever que os estudantes entrassem mais decididos na 2ª parte, mas não foi isso que sucedeu. Afonso do lado direito do ataque foi tentando impor mais velocidade ao jogo, e os poucos lances de perigo academista foram nascendo daí. Porém, continuavam a faltar ideias ao ataque da Briosa, e até Pedro Emanuel pareceu demorar a mexer na equipa.

Quando o fez, já à entrada dos últimos dez minutos, apostou na velocidade de Marinho e na força de Cissé, e os estudantes começaram a ser mais acutilantes na procura do golo.

Nessa altura já os penalvenses começavam a dar mostras de ter quebrado fisicamente, limitando-se a chutar a bola para o meio campo academista, sem qualquer preocupação de sair a jogar.

Apesar de tudo, a mudança de atitude dos estudantes não foi a tempo de evitar o prolongamento. Terminados os 90 minutos a equipa de Pedro Emanuel continuou a encostar os penalvenses à sua grande área.

Edinho quase marcou na cobrança de um livre direto, que levou a bola a bater com estrondo no poste da baliza de Ferrary. Mas foi preciso esperar pelo início da segunda parte para chegar o golo que garante a presença da Académica nos oitavos de final da competição.

O defesa penalvense Tiago Borges desviou com o braço, dentro da área, um remate de Wilson Eduardo. João Ferreira não teve dúvidas em apontar para a marca de grande penalidade, e Edinho encarregou-se de acabar com o sofrimento dos adeptos da Académica.

Do mal, o menos. Mas como dizia o humorista: «Não havia necessidade.»

Opiniões

Pedro Emanuel, treinador da Académica em declarações após o apuramento dos estudantes para os oitavos de final da Taça de Portugal, com a vitória por 1-0 sobre o Penalva do Castelo, este domingo, em, Coimbra:

«O nosso objetivo foi cumprido, tivemos o que merecemos e passámos. Penso que o Penalva fez grande jogo com boa organização, e critério naquilo que fez. E nós tivemos de nos esforçar e ir atrás do objetivo que pretendíamos. Custou-nos mais, vai-nos sair do corpo e é uma lição.»

«Hoje em dia não há jogos fáceis, como ficou provado perante os jogos de hoje. Temos de dar mérito ao adversário que veio aqui lutar pelo sonho durante 120 minutos, mas nós é que alcançámos o nosso objetivo. Sabíamos com o que estávamos a contar e tivemos de assumir o jogo e ir atrás do resultado, nem sempre da melhor maneira. Marcámos um golo de grande penalidade que vai deixar sempre as pessoas na dúvida sobre aquilo que foi a história do jogo, mas acho que o resultado acaba por ser lógico e justo.»

«Quero dar os parabéns ao Penalva pelo que fez, pelo apoio que teve e entusiasmo que trouxe a este jogo e à Taça de Portugal.»



Rogério Sousa, treinador do Penalva do Castelo, em declarações no final da partida que opôs a sua equipa à Académica, e que terminou com a vitória sofrida dos estudantes, neste domingo, em Coimbra:

«A minha equipa fez um grande jogo. Taticamente e fisicamente estivemos muito bem. Cumprimos o objetivo que era dignificar o clube e isso foi importante. Estou muito satisfeito com os meus atletas. Nós mostrámos aqui que trocamos bem a bola e que temos qualidade. A certa altura tive esperança de conseguir levar o jogo para o desempate nas grandes penalidades, mas não conseguimos. O jogo acaba por se decidir numa grande penalidade, mas não na lotaria como gostaríamos.»

in maisfutebol.iol.pt

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